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HVU recebe Urutau com fratura na asa

HVU recebe Urutau com fratura na asa

Ave de hábitos noturnos e cercada por superstições devido ao seu canto está em tratamento no Hospital Veterinário da Uniube

Conhecido pelo canto enigmático e pela habilidade de camuflagem, um Urutau foi resgatado com uma fratura na asa e está em tratamento no Hospital Veterinário da Uniube (HVU). Embora cercado de superstições, o animal é inofensivo e comum na região. É uma ave noturna bastante peculiar, e comumente encontrada em áreas rurais, especialmente próximo a fazendas. Além disso, é mestre da camuflagem: costuma permanecer imóvel sobre troncos de árvores, onde se confunde com o ambiente. Muitas vezes, só percebemos sua presença quando ele abre os olhos, que são grandes e de coloração amarelada, o que pode assustar à primeira vista.

“O canto do urutau é bastante característico. Talvez você já o tenha escutado, mas sem saber de qual animal se tratava. Por ser um som incomum, nas áreas rurais há muitas crenças e superstições associadas a ele — algumas pessoas dizem que o canto do urutau anuncia más notícias ou até a morte. Mas isso não passa de folclore: ele é um animal tranquilo, que não oferece risco algum. Uma curiosidade é sua boca, extremamente ampla. Isso é uma adaptação: durante o voo, ele a mantém aberta para capturar insetos em pleno ar - sua principal fonte de alimentação. No momento, ele está aqui no HVU por causa de uma lesão. Notamos uma ferida em uma das asas e, ao realizar um exame de raio-x, foi detectada uma fratura no osso ulna - um dos ossos do antebraço da ave, ao lado do rádio, que está intacto. A fratura na ulna sugere que ele tenha sofrido algum tipo de trauma, talvez por colisão ou até ataque de outro animal. Ele foi encontrado sem conseguir voar e, por isso, foi encaminhado até nós”, explica a médica-veterinária, responsável pelo setor de Animais Silvestres do HVU, Lara Bisinoto. 

Sobre o tratamento, o professor Endrigo Gabellini, especialista em Ortopedia, irá  avaliar se há necessidade de cirurgia ou se apenas a imobilização será suficiente para que o osso se consolide adequadamente. “Mesmo que não precise de cirurgia, o urutau permanecerá sob nossos cuidados por um tempo. Será necessário acompanhar a evolução da fratura por meio de exames de imagem, como o raio-x, e administrar medicações. Posteriormente, ele deverá ser encaminhado ao centro de reabilitação, onde será avaliada sua capacidade de voo antes de ser devolvido à natureza”, complementa Lara.

Sobre a espécie: o urutau não é considerado raro e nem está ameaçado de extinção. Ele é comum em nossa região, embora não seja frequente aparecer aqui no hospital. Ainda assim, já atendemos outros exemplares anteriormente - cerca de três ou quatro.

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