Aluna de Medicina Veterinária conquista 1º lugar no Conic Semesp

A aluna do curso de Medicina Veterinária da Universidade do Agro, Júlia Araújo, foi premiada no 25º Congresso de Iniciação Científica (Conic Semesp), promovido pelo Semesp e realizado remotamente, entre 25 e 28 de novembro. Júlia conquistou o 1º lugar na categoria “Em Andamento”, na área de Ciências Exatas, da Terra e Agrárias. Na mesma categoria, a Universidade do Agro também teve outros estudantes reconhecidos: Matheus Bazaga de Oliveira ficou em 7º lugar e Manuella Cortes Sousa Oliveira, em 8º lugar.
O Conic Semesp tem como objetivo incentivar a pesquisa, a cultura e o desenvolvimento intelectual de estudantes do ensino superior, além de ampliar a visibilidade de trabalhos acadêmicos e aproximar os participantes de tendências e práticas atuais do mercado.
O congresso é organizado por categorias que contemplam três grandes áreas: Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas, da Terra e Agrárias e Ciências Humanas e Sociais. “Conquistar o 1º lugar no Conic, para mim, confirma que estou no caminho certo e que toda a dedicação ao longo do projeto valeu a pena. Esse reconhecimento simboliza não apenas o resultado de um trabalho acadêmico, mas também de muitas horas de laboratório, de rotinas exaustivas e, ao mesmo tempo, extremamente gratificantes. Esta foi minha terceira apresentação no congresso e, ao olhar para minha trajetória, percebo o quanto evoluí técnica, científica e pessoalmente. Nos próximos passos, pretendo dar continuidade ao projeto, concluir os testes que ainda estão em andamento e consolidar os resultados para uma futura publicação em artigo científico. Além disso, se houver oportunidade, espero retornar ao Conic no próximo ano para apresentar os novos avanços da pesquisa”, comemora a aluna do 9° período de Medicina Veterinária, Júlia Araújo.
Júlia é orientada pelo professor Dr. Ian Martin, docente da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Produção Animal nos Trópicos da Universidade do Agro. “É uma grande satisfação acompanhar o reconhecimento do esforço e da dedicação da Júlia Araújo em um congresso tão relevante como o Conic Semesp, que reúne trabalhos de excelente nível científico de todo o país. Essa conquista reflete não apenas o empenho da estudante, mas também o compromisso institucional com a formação de qualidade, o estímulo à iniciação científica e a valorização da pesquisa desde a graduação. Resultados como esse demonstram que o ensino ofertado está alinhado à produção de conhecimento sólido, atualizado e socialmente relevante”, enaltece o professor.
A Universidade do Agro oferece diferentes formas de incentivo à pesquisa, com destaque para o apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (PROPEPE), que atua no fomento e no suporte às atividades científicas. “Entre as ações, estão programas de iniciação científica com orientação docente contínua, acesso à infraestrutura laboratorial, capacitações e incentivo à participação em congressos e eventos. Esse suporte é fundamental para despertar a vocação científica, fortalecer o pensamento crítico, o rigor metodológico e a autonomia intelectual, contribuindo para a formação de profissionais ainda mais qualificados”, afirma Ian Martin.
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O projeto
O projeto de Iniciação Científica investiga como compostos antioxidantes podem melhorar a maturação oocitária e aumentar a eficiência da produção in vitro de embriões (PIVE). A pesquisa avalia, especialmente, o potencial da Moringa oleifera como alternativa natural e acessível para otimizar protocolos de reprodução assistida na produção animal.
“O tema do meu trabalho surgiu a partir da crescente relevância da produção in vitro de embriões, impulsionada pela expansão do mercado interno e pela demanda internacional. Esse cenário evidenciou a necessidade de aprimorar as biotecnologias reprodutivas e me motivou a investigar estratégias capazes de aumentar a eficiência do processo. Assim, meu projeto de Iniciação Científica avalia o uso de compostos antioxidantes durante a maturação oocitária, com o objetivo de aprimorar a qualidade celular e, consequentemente, elevar as taxas de produção de embriões in vitro. Dessa forma, a pesquisa se alinha às demandas atuais do setor e à busca por protocolos mais eficazes em reprodução assistida”, explica a aluna.
Para Julia, a principal contribuição da pesquisa para a área de Ciências Exatas, da Terra e Agrárias, na prática, foi iniciar a avaliação da Moringa oleifera como antioxidante natural, acessível e de baixo custo, com potencial para ser incorporado aos protocolos de maturação oocitária na produção in vitro de embriões.
“Embora os resultados ainda não sejam conclusivos, as análises preliminares indicam efeitos promissores na redução do estresse oxidativo e na manutenção da qualidade oocitária, o que sugere possíveis melhorias no desenvolvimento embrionário. A investigação amplia o entendimento sobre alternativas mais sustentáveis para otimização da PIVE e abre caminho para futuras aplicações, inclusive comerciais, caso os estudos avancem e confirmem sua eficácia. Assim, o trabalho contribui para o desenvolvimento de biotecnologias reprodutivas e para a inovação de protocolos utilizados na produção animal”, finaliza.